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  • EFT vs PPR - Rentabilidade e impostos


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    Tenho 40 anos e vou começar agora a investir para antecipar uns anos a reforma. Na pesquisa, tudo aponta que o que pode render mais a longo prazo serão os ETF's. No entanto estou ainda a fazer as contas em relação aos 28% de impostos (se render 7% depois de comissões, fico com 5% depois de impostos)

    Se em investir em PPR's (sem tirar benefícios fiscais) passados >8 anos, só sou taxado em 8,6%. (se render 7% depois de comissões, fico com 6.4% depois de impostos)

    A minha questão é se há PPR's que dão tanto como os ETF's? Pelo que vi, só o Alves Ribeiro é que provavelmente dará 7% a >20 anos.

    Alguém já pensou qual a melhor opção entre os dois? Ou há alguém que tenha feito uma analise?

     

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    É curioso que vás responder a um post que não é dirigido a ti dessa forma , ponto por ponto e curiosamente acabas por fazer o que criticas mas mais grave percebes mal praticamente tudo.   

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    Filipe Giesteira

    Caro Downloaders, estou precisamente com a mesma duvida. Qual será a vantagem efectiva de aplicar um dado montante num fundo de investimento tradicional ou ETF, se é possível aplicar o mesmo montante num fundo PPR com beneficio fiscal a saída (menos imposto, abdicando do beneficio fiscal á entrada de dedução a colecta do IRS)

    1°) Antigamente os PPRs estavam limitados a um risco máximo. Essa foi uma vantagem que me indicaram dos fundos de investimentos comuns em relação aos fundos PPR. Contudo isto já esta ultrapassado. Neste momento ha fundos PPR ditos agressivos com total exposicao a activos de alto risco. Ou seja, em termos de carteira podem ser considerados semelhantes.

    2°) Fundos de investimento de alto risco indicam tempos de permanência de 5 ou mais anos. Tempo necessário para usufruir de do beneficio fiscal átua saida que os PPR conferem. Já fundos mais conservadores indicam tempos aconselhados de 3 ou mais anos. Ou seja, a duração recomendada de ambos os investimentos vai ser sensivelmente identica.

    3°) Em termos de liquidez, passado um período mínimo que não ultrapassa o 1 ano para a maioria dos PPR, este tipo de solução apresenta liquidez total e imediata. Na maioria dos fundos ditos comuns este período não existe ou é muito mais curto. Ou seja, em termos de liquidez também serão semelhante nas condições indicadas.

    4°) Por fim, a única vantagem real de um fundo comum que eu vejo tem de ser mesmo a rendibilidade ligeiramente superior. Se em media compensa o IRS de 28% ou não gostava de saber. A última informação que tive foi de um funcionário da optimize que indicoume  que mesmo havendo fundos PPRs agressivos, sendo estes classificados de PPR têm algumas limitações de carteira é por isso a rendibilidade não éque exactamente igual a um fundo comum de investimento. 

    Mais alguma opinião ? Alguma correção ao que foi dito? 

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    Filipe Giesteira
    On 11/6/2019 at 12:01 PM, Downloaders said:

    Tenho 40 anos e vou começar agora a investir para antecipar uns anos a reforma. Na pesquisa, tudo aponta que o que pode render mais a longo prazo serão os ETF's. No entanto estou ainda a fazer as contas em relação aos 28% de impostos (se render 7% depois de comissões, fico com 5% depois de impostos)

    Se em investir em PPR's (sem tirar benefícios fiscais) passados >8 anos, só sou taxado em 8,6%. (se render 7% depois de comissões, fico com 6.4% depois de impostos)

    A minha questão é se há PPR's que dão tanto como os ETF's? Pelo que vi, só o Alves Ribeiro é que provavelmente dará 7% a >20 anos.

    Alguém já pensou qual a melhor opção entre os dois? Ou há alguém que tenha feito uma analise?

     

    Fundo por fundo, o PPR terá de ter rendimentos substancialmente inferiores para compensar a redução de imposto. De resto, as características são muito semelhantes.

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    Filipe Giesteira
    9 minutes ago, Urso_Pardo said:

    Como veiculo de investimento em Portugal, o PPR tem vantagens fiscais muito interessantes para um investidor de longo prazo face aos outros que temos disponiveis. E´ o melhor embrulho que temos ao dispor para conter os activos de investimento referentes aos mercados accionistas, de obrigacoes ou outros.

    Infelizmente ninguem o ainda oferece com um custo interessante no prazo de investimento que o investidor de longo prazo que poupa para a reforma (20-30 anos) pode aceitar sem reservas.

    Acresce que a carteira de investimentos dos PPR que estao nas categorias de risco 4 ou 5 (na pratica equivalente a volatilidade de uma carteira de ETF contendo 60% accoes, 40% obrigacoes) nao apresenta estabilidade (sao activas e reactivas) e normalmente assumem outros riscos para alem da volatilidade dessa simples carteira. Praticas como deter obrigacoes maioritariamente de paises com risco de credito mais elevado ou de empresas, escolher e sobrecarregar em accoes individuais, fazer apostas em sectores particulares ou paises especificos, uso de produtos derivados e investimentos alternativos.

    Isto tendo em consideraçao que no longo prazo o retorno entregue ao investidor (antes de impostos) depende fortemente do binomio risco/retorno da alocacao de activos que teve durante o periodo referido e do custo em que o veiculo de investimento incorreu para proporcionar o acesso ao retorno dos mercados.

    Ha' uns meses fiz umas "contas nas costas de um envelope" (deformacao profissional...) e as minhas conclusoes resumiram-se a isto: um PPR que esteja numa classe de risco 5 (no limite inferior ~10%) equivalente 'a volatilidade de uma carteira de ETF 60/40 (isto e´, que pode ter possibilidade de rentabilidade comparavel no longo prazo) tem de ter um custo inferior a ~1,0% se quiser pelo menos ter a possibilidade de no final de 20 anos e depois de serem aplicados os impostos a ambos os investimentos (~8% contra 28% actualmente) retornar um valor semelhante ao investidor.

    Dito isto, na pratica utilizo uma mistura dos dois veiculos, PPR (recorrendo aos benefícios fiscais) e uma carteira de ETF. E´ um compromisso possivel entre ambas as solucoes.

    Pequeno aparte, ainda que nao esteja "preto no branco", se por acaso ocorrer a obrigatoriedade do englobamento dos rendimentos das mais valias de capitais mobiliarios, entao os beneficios fiscais dos PPR vao ficar ainda mais valorizados. Aguardo tambem com muito interesse a implementacao concreta do PPR Europeu.

    Admitindo rendibilidade líquidas de comissões de qualquer género, apenas ficando faltar impostos, fiz um pequeno gráfico que ilustra precisamente quanto maior terá de ser o rendimento de um ETF por exemplo, para compensar um fundo PPR.
    As curvas indicam o breaking point, isto é, os valores de rendimento para o qual o PPR iguala o rendimento de um outro qualquer investimento taxado a 28% 
    Como referi, basta o investimento ter um rendimento de algumas decimas de % superior ao PPR que ja compensa a redução de imposto.

    Fundo-Generico_vs_PPR-Fundo.pdf

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    Francisco Martins
    On 11/20/2019 at 10:58 AM, Filipe Giesteira said:

    4°) Por fim, a única vantagem real de um fundo comum que eu vejo tem de ser mesmo a rendibilidade ligeiramente superior. Se em media compensa o IRS de 28% ou não gostava de saber. A última informação que tive foi de um funcionário da optimize que indicoume  que mesmo havendo fundos PPRs agressivos, sendo estes classificados de PPR têm algumas limitações de carteira é por isso a rendibilidade não éque exactamente igual a um fundo comum de investimento.

    Nao sei que limitacoes, mas em jeito de brincadeira, so falta poderem investir directamente em trafico de armas e drogas.

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    Filipe Giesteira
    2 minutes ago, Urso_Pardo said:

    Nao sei que limitacoes, mas em jeito de brincadeira, so falta poderem investir directamente em trafico de armas e drogas.

    A ideia que tenho é que não tem tanto a ver com a exposição a activos de risco (ex. ações), uma vez que há PPRs com % de activos voláteis enormissima;, mas com estrategias de retorno a mais longo prazo e imposição de minimos de diversificação do portfolio. No final de contas tem lógica, para serem comercializados como PPR têm de ter algo que os distinga de um fundo de investimento qualquer...
    Continuam a ser muito interessantes como um instrumento de investimento qualquer, reforçando que a dedução de IRS colectável nunca poderá ser usada. Contudo, a duvida persiste,. PPR ou um outro fundo de investimento qualquer taxado a 28%? (não quero aqui entrar em pormenores se é um fundo tradicional, ETF, indexado, tipo de gestão, etc, etc.)

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    Francisco Martins
    22 hours ago, Filipe Giesteira said:

    A ideia que tenho é que não tem tanto a ver com a exposição a activos de risco (ex. ações), uma vez que há PPRs com % de activos voláteis enormissima;, mas com estrategias de retorno a mais longo prazo e imposição de minimos de diversificação do portfolio. No final de contas tem lógica, para serem comercializados como PPR têm de ter algo que os distinga de um fundo de investimento qualquer...
    Continuam a ser muito interessantes como um instrumento de investimento qualquer, reforçando que a dedução de IRS colectável nunca poderá ser usada. Contudo, a duvida persiste,. PPR ou um outro fundo de investimento qualquer taxado a 28%? (não quero aqui entrar em pormenores se é um fundo tradicional, ETF, indexado, tipo de gestão, etc, etc.) 

    Nao vejo nenhum impedimento para que tenham um PPR composto com carteira de 60% accoes / 40% (obrigacoes + liquidez) seguindo os indices MSCI World e EuroMTS. Com esta carteira ate teriam menos riscos e mais diversificaçao que muitas carteiras de PPR que por ai existem.

    Com essa simples carteira estavel e sem nenhum trabalho em especial ou grandes custos envolvidos estavam neste momento com uns ~15% YTD o que iria colocar no topo da performance na sua classe de risco 4 e a bater muitos fundos de classe risco 5 no nosso mercado que estao com 100% accoes.

    Nao estou a dizer que com outras carteiras mais "sofisticadas" nao podera´ existir possibilidade de maior rendimento, mais diversificacao e menos risco, mas com esta simples opçao teriam mais um produto solido para oferecer aos clientes (como eu).

    De certeza que conseguiriam oferecer um custo menor para os participantes e no longo prazo, em conjunto com os ~8% de tributação, benefícios fiscais e capacidade para trocar entre produtos sem incorrer em mais valias ou custos de maior, teria aqui o meu investimento de eleiçao.

    Eu, como um comum ze ninguem dos mercados, ja perguntei por isso e conversei com algumas pessoas do meio (a que eu nao pertenço, ja´ agora). Por exemplo, pegando na Optimize que referiu, eu estive em conversa com um funcionario deles que teve a paciencia para me aturar com esta e outras lenga-lengas e queixumes. Disse que iriam colocar essa ideia a discussao na proxima reuniao interna que teriam, quem sabe.

    Edited by Urso_Pardo
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    Francisco Martins
    On 11/21/2019 at 12:33 PM, Filipe Giesteira said:

    Admitindo rendibilidade líquidas de comissões de qualquer género, apenas ficando faltar impostos, fiz um pequeno gráfico que ilustra precisamente quanto maior terá de ser o rendimento de um ETF por exemplo, para compensar um fundo PPR.
    As curvas indicam o breaking point, isto é, os valores de rendimento para o qual o PPR iguala o rendimento de um outro qualquer investimento taxado a 28% 
    Como referi, basta o investimento ter um rendimento de algumas decimas de % superior ao PPR que ja compensa a redução de imposto.

    Fundo-Generico_vs_PPR-Fundo.pdf

    Ainda nao tinha tido tempo de olhar melhor para esta sua simulação. Infelizmente nao me parece que demonstre a realidade visto existir o efeito do custo composto sobre um dado investimento no longo prazo.

    Sugiro-lhe o seguinte para ter uma simulação mais de acordo com a realidade:

    - Como eu disse acima "no longo prazo o retorno entregue ao investidor (antes de impostos) depende fortemente do binómio risco/retorno da alocação de activos que teve durante o período referido e do custo em que o veiculo de investimento incorreu para proporcionar o acesso ao retorno dos mercados." Ou seja, será melhor considerar uma rendibilidade bruta entregue pelos mercados aos dois investimentos e depois considerar o custo que eles incorrem.

    - Se considerar o mesmo binómio risco/retorno para um fundo ou uma carteira de investimento contra o mesmo binómio risco/retorno de um PPR pode assumir que receberiam a mesma rendibilidade bruta do mercado. Por exemplo, para um risco 5 assumir ter no longo prazo uma rendibilidade bruta anualizada de 6% em ambos os investimentos (ou outro valor que quiser considerar, 7%, 8%, 9%, etc).

    - Depois e´ aferir o custos/encargos/comissões que incorre em cada uma das opções anualmente e incidem sobre a rendibilidade bruta anualizada definida acima. Com estes dados pode agora definir um valor de investimento inicial e um valor de reforço anual que faria em ambos os investimentos e realizar os cálculos ao longo dos 20 a 30 anos do período de investimento. No final aplica a tributação correspondente aos valores resultantes e tem o resultado liquido que efectivamente recebe na conta bancaria.

    - Chega agora a uma conclusão interessante, o diferencial permitido entre os custos/encargos/comissões de um fundo ou carteira de investimento e um PPR com risco equivalente para que resultem no mesmo retorno. Deve encontrar um valor a rondar os 1,2%, ou seja, o PPR com o mesmo binómio risco/retorno num investimento de longo prazo nao pode ter um encargo maior que este valor em relação ao fundo ou carteira de investimentos equivalente.

    - Pode depois juntar mais umas conclusões/tendências históricas existentes e fazer como eu pensei umas publicaçoes mais acima: no mercado actual dos PPR oferecidos apenas existem opções com carteiras activas/reactivas que, num prazo de investimento alargado (20-30) e para o mesmo binómio risco/retorno, devem ficar quase todas abaixo do rendimento bruto anualizado de um investimento equivalente em algo que siga índices/passivo (a 30 anos apenas 1% ficou acima), ou seja do retorno dos mercados que foi assumido inicialmente. Concluindo, o diferencial de 1,2% dito acima tera' que ser inferior, provavelmente na ordem dos ~1%.

     

    Edited by Urso_Pardo
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    há 48 minutos, Urso_Pardo disse:

    Pode depois juntar mais umas conclusões/tendências históricas existentes e fazer como eu pensei umas publicaçoes mais acima: no mercado actual dos PPR oferecidos apenas existem opções com carteiras activas/reactivas que, num prazo de investimento alargado (20-30) e para o mesmo binómio risco/retorno, devem ficar quase todas abaixo do rendimento bruto anualizado de um investimento equivalente em algo que siga índices/passivo (a 30 anos apenas 1% ficou acima), ou seja do retorno dos mercados que foi assumido inicialmente. Concluindo, o diferencial de 1,2% dito acima tera' que ser inferior, provavelmente na ordem dos ~1%.

    Só para ver se percebi: Estes resultados têm em conta apenas a diferença de tributação final, não os eventuais benefícios fiscais à entrada, correcto? 

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    Francisco Martins
    1 hour ago, Smaug said:

    Só para ver se percebi: Estes resultados têm em conta apenas a diferença de tributação final, não os eventuais benefícios fiscais à entrada, correcto? 

    Correcto, se verificar essa foi a pergunta inicial e tambem o considerado no PDF que o Filipe Giesteira colocou.

    A fiscalidade e´ talvez a maior dor de cabeça do investidor comum de longo prazo. Sempre em constantes mudanças, imensas excepcoes, casos especiais, limites e implicaçoes conforme cada pessoa.

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    Então vou fazer uma proposta para, se for o caso de ter as ferramentas / conhecimentos matemático-financeiros necessários, tentar um cálculo. Eu não tenho, por isso não consigo fazer ☺️

    Qual seria a diferença, num prazo de 30 anos, num investimento de 2000 euros anuais num PPR beneficiando dos benefícios fiscais de 20% à entrada e da menor tributação à saída. Podemos usar o custo do AR PPR por exemplo. Comparando com os mesmos 2000 euros investidos numa carteira 60/40 de etf passivos globais (IWDA + um etf de obrigações europeias barato), pressupondo o mesmo rendimento de 5% anual. 

    É possível calcular isto? 

     

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    Francisco Martins
    5 hours ago, Smaug said:

    Então vou fazer uma proposta para, se for o caso de ter as ferramentas / conhecimentos matemático-financeiros necessários, tentar um cálculo. Eu não tenho, por isso não consigo fazer ☺️

    Qual seria a diferença, num prazo de 30 anos, num investimento de 2000 euros anuais num PPR beneficiando dos benefícios fiscais de 20% à entrada e da menor tributação à saída. Podemos usar o custo do AR PPR por exemplo. Comparando com os mesmos 2000 euros investidos numa carteira 60/40 de etf passivos globais (IWDA + um etf de obrigações europeias barato), pressupondo o mesmo rendimento de 5% anual. 

    É possível calcular isto?

    Sim e´ possivel, sao umas quantas contas de somar e multiplicar.

    Note que sera´ um caso particular que, devido ´a fiscalidade, ja´ necessita de mais variaveis assumidas e fixadas.

    Logo ´a partida, depende da idade de inicio e fim desses 30 anos. Por exemplo, começa aos 24 e acaba aos 55 anos?

    Isto porque a possivel deduçao auferida de 20% tem limite consoante tres faixas etarias. Para alem disso, depende fortemente do limite geral das deducoes ´a colecta. Por exemplo, a deducao media efectivamente auferida por investir em PPRs no ano passado pelos investidores portugueses foi, salvo erro, uns ~120€ (ao inves dos maximos teoricos de 400€, 350€ e 300€). Quer assumir os maximos possiveis dentro do periodo escolhido?

     

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    há 49 minutos, Urso_Pardo disse:

    Quer assumir os maximos possiveis dentro do periodo escolhido?

    Sim, nem que seja como exemplo do melhor cenário possível. Eu sei que o benefício fiscal varia consoante os rendimentos e com a idade, mas se é possível calcular e se tiver a disponibilidade, agradeço. 

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    Antes de mais obrigado pela paciência em fazer e partilhar com o fórum esta simulação. Acho que põe muita coisa em perspectiva. Os PPR podem ser uma boa ferramenta de optimização fiscal mas a julgar pelo número de vezes que o estado altera as regras e os benefícios é sempre de desconfiar. Além de que ficamos com o acesso ao dinheiro muito mais limitado. 

    Por isso o melhor, na minha opinião, é controlar o que é controlável (custos de gestão dos fundos ou etf e comissões bancárias) e ter uma carteira simples. 

    E não deixa de ser impressionante o valor que se atinge com um investimento de apenas 2000 euros anuais. 

    O longo prazo é mesmo nosso amigo. 

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    Filipe Giesteira
     
     
     
     
    On 11/23/2019 at 12:51 PM, Urso_Pardo said:

    - Chega agora a uma conclusão interessante, o diferencial permitido entre os custos/encargos/comissões de um fundo ou carteira de investimento e um PPR com risco equivalente para que resultem no mesmo retorno. Deve encontrar um valor a rondar os 1,2%, ou seja, o PPR com o mesmo binómio risco/retorno num investimento de longo prazo nao pode ter um encargo maior que este valor em relação ao fundo ou carteira de investimentos equivalente.

    As curvas podem ser analisadas de várias perspectivas. Para mim, não faz tanto sentido falar em rendimento bruto pre-encargos e pós encargos. Considero o rendimento bruto real, já liquido de encargos de manutenção, subscrição, etc. A ideia é isolar a variável imposto e não ter uma simulação para um caso especifico mas sim uma curva que descreva todos os casos possíveis. 

    A minha ideia é realçar a diferença necessária entre o rendimento de um produto taxado a 28% e um PPR (taxado a uma data taxa reduzida) para superar o efeito fiscal na saída.

    Seria também possível olhar para a variável encargos como referiu. Se o rendimento bruto anual após encargos foi idêntico todos os anos entre um PPR ou um produto taxado a 28%, os encargos máximos de um PPR não poderia ultrapassar a diferença entre as coordenadas em cada ponto. 

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    @Urso_Pardo,

    Podes adicionar um P5? ?

    Um híbrido: Investe no total 2000€ em cada ano,  no período [24anos, 54anos], investe o montante para dedução máxima consoante a idade, reinvestindo os benefícios fiscais no mesmo PPR. O dinheiro que sobra até perfazer 2000€, investe num ETF 60/40

    Total capital próprio: 62000€ , Reinvestimentos benefícios fiscais: 10900€

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    Edited by fousa
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    Francisco Martins
    6 hours ago, fousa said:

    @Urso_Pardo,

    Podes adicionar um P5? ?

    Um híbrido: Investe no total 2000€ em cada ano,  no período [24anos, 54anos], investe o montante para dedução máxima consoante a idade, reinvestindo os benefícios fiscais no mesmo PPR. O dinheiro que sobra até perfazer 2000€, investe num ETF 60/40

    Total capital próprio: 62000€ , Reinvestimentos benefícios fiscais: 10900€

    Sim, entretanto fiz umas figuras simples para ser possivel ver ao longo de uma gama de taxas de rentabilidade bruta. Os beneficios considerados são sempre os maximos que se conseguiriam face à idade.

    O caso hibrido, como ja tinha referido acima, é um compromisso que uso (mas não com a distribuição que fez) e julgo ser a melhor opção devido à diversificação fiscal e beneficios no IRS que devem ser reinvestidos. Pode-se ver que absorve bem o impacto de a carteira de ETF ser taxada a 28% ou aos estimados 22,9% com base no dito acima.

    1_resultado_liquido_encargos_vs_taxa_bruta.thumb.jpg.8622f6f4b70ab0f603ee3e7639a380fd.jpg2_resultado_liquido_impostos_vs_taxa_bruta.thumb.jpg.19c28b344c1f1c8868fb143858b7b9e8.jpg3_valor_rendimento_liquido_impostos_vs_taxa_bruta.thumb.jpg.4295ce5f31375443bfd440ff6f762fc6.jpg4_rendimento_liquido_impostos_investido_vs_taxa_bruta.thumb.jpg.aafe4abff048a15e2a80287477caf219.jpg

    Edited by Urso_Pardo
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    Excelente trabalho @Urso_Pardo!! Acho estes exercícios extremamente úteis, principalmente quando envolvem encargos, fiscalidades e prazos longos. 

    Em termos de finanças pessoais, traçar/ "acertar" com o plano inicial são a chave do sucesso. Andar a mudar de planos durante a vida acabam por prejudicar os lucros.

    Em relação aos resultados, parecem-me claros. O efeito acumulativo é importantíssimo e os encargos borram sempre a pintura. Mesmo com os benefícios fiscais à entrada e menor fiscalidade à saída do PPR, o valor de rendimento VS o valor que investimos são favoráveis ao ETF 60/40. Adicionando o risco de uma carteira activa do PPR vs carteira passiva do ETF, o ETF sai um claro vencedor.

    No entanto tenho a mesma opinião que tu. Uso um híbrido, considero o PPR como uma carteira satélite, reinvestindo sempre os benefícios fiscais e totalizando sempre nos valores limites. O resto vai para a carteira principal. 

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    Francisco Martins
    On 11/26/2019 at 6:28 PM, fousa said:

    Excelente trabalho @Urso_Pardo!! Acho estes exercícios extremamente úteis, principalmente quando envolvem encargos, fiscalidades e prazos longos. 

    Em termos de finanças pessoais, traçar/ "acertar" com o plano inicial são a chave do sucesso. Andar a mudar de planos durante a vida acabam por prejudicar os lucros.

    Em relação aos resultados, parecem-me claros. O efeito acumulativo é importantíssimo e os encargos borram sempre a pintura. Mesmo com os benefícios fiscais à entrada e menor fiscalidade à saída do PPR, o valor de rendimento VS o valor que investimos são favoráveis ao ETF 60/40. Adicionando o risco de uma carteira activa do PPR vs carteira passiva do ETF, o ETF sai um claro vencedor.

    No entanto tenho a mesma opinião que tu. Uso um híbrido, considero o PPR como uma carteira satélite, reinvestindo sempre os benefícios fiscais e totalizando sempre nos valores limites. O resto vai para a carteira principal. 

    Sim, de qualquer forma o sucesso competitivo dos PPR actualmente disponiveis no mercado para o mesmo perfil de risco esta´  fortemente dependente do beneficio fiscal de entrada/reforço anual, sua magnitude e seu reinvestimento. Se os calculos tivessem sido feitos com o beneficio medio registado pelas familias nos anos passados, os resultados eram muito prejudicados. Basta olhar para o outro extremo, o PPR sem beneficios fiscais, nao existe tributacao de saida que o salve.

    Outra questao evidente, para rentabilidade realistas, o valor final liquido de impostos do investimento sera´ mais ou menos 50% entre o valor investido e o valor rentabilizado (depois de tributacao nas mais valias). Ou seja, depois de fixado o plano de longo prazo (simples, diversificado e a baixo custo), o melhor que um investidor comum pode fazer e´ maximizar a sua poupança excedentaria e investir a mesma regularmente. Fora isso e´ estar muito atento `a tributaçao, beneficios fiscais e demais optimizacao fiscal. Tudo o resto sera´ em larga medida apenas ruido contraproducente.

    Edited by Urso_Pardo
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    há 6 minutos, Andalm disse:

    Mas acham que não compensa PPR para ter beneficios fiscais e após 5 anos, usar o mesmo para pagar prestações do CH?

    Eu constituí o PPR na altura da contratação do crédito habitação precisamente com esse intuito. No entanto já vi que todo o processo não foi criado para ser implementado. Em primeiro lugar eu fazia contribuições mensais, o que não facilita o cálculo para a "idade" do PPR. Ou seja, num mês uma das contribuições já fez 5 anos, no mês seguinte faz a próxima e assim sucessivamente. O processo não é automático. Temos que fazer um pedido no banco ou seguradora onde temos o PPR e entregar uma declaração do banco onde está o CH a comprovar a utilização do dinheiro para pagar a prestação. E isto tem que acontecer mensalmente. Não pode dizer, tenho aí 1000 euros quero usá-los para pagar 3 prestações. Não, tem que fazer um pedido para cada prestação. E isto pode até ter custos, dependendo dos bancos. Isto foi o que me foi dito no banco quando tentei usar o meu PPR. Como os valores em causa eram baixos decidi esquecer essa possibilidade e deixar para a velhice ou para pagar propinas. 

    Se algum dia tiver mesmo necessidade, lá terei de tentar pôr em prática o processo. 

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